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José Carlos Macedo
Campeão Paralímpico Boccia

O projeto Braga 2030 visa transformar a cidade num espaço mais inclusivo, sustentável e culturalmente vibrante. Todos os seus aspetos são de relevância incontestável.

Os bracarenses, onde me incluo, desejam uma cidade com mais espaços verdes — jardins e parques —, maior diversidade cultural e que todas as ações sejam realizadas com atenção à sustentabilidade financeira e ecológica.

É fundamental que este projeto considere a aplicação das leis de acessibilidade aos espaços públicos e privados, como previsto no Decreto-Lei n.º 163/2006.

Em Braga, ainda se verificam lacunas importantes: faltam parques infantis acessíveis, casas de banho públicas adaptadas e condições adequadas em pavilhões ou ginásios para equipas de desporto adaptado. Além disso, diversas iniciativas culturais e artísticas continuam a ocorrer em locais sem acesso para pessoas com deficiência.

Apesar dos esforços de algumas associações e da sensibilização da sociedade, persiste o problema da integração plena das pessoas com deficiência em áreas como educação, formação, emprego, lazer e turismo. Essa realidade é refletida na baixa representatividade das pessoas com deficiência na sociedade.

É crucial conhecer e fazer valer os direitos consagrados na Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência, especialmente o princípio:

“Nada sobre nós sem nós”. Pessoalmente, tenho uma visão otimista e reconheço que já foram alcançadas algumas metas. No entanto, sei que é mais fácil instalar uma rampa ou um elevador do que mudar mentalidades.

Acredito que o projeto Braga 2030 pode ser uma alavanca para sensibilizar a sociedade bracarense e os seus responsáveis políticos, promovendo uma cidade mais igualitária. Que os espaços desportivos, culturais e artísticos sejam fisicamente inclusivos, permitindo que todos os cidadãos usufruam da cidade de forma plena e autónoma.

 

José Carlos Macedo

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