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Katarzyna Bakalarska

Diretora Centro de Educação e Emprego

Varsóvia (Polónia) 

Da Antiguidade às Cidades Inteligentes – A Cidade do Futuro como Espaço de Juventude, Comunidade e Responsabilidade 

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Especialista em Educação e Desenvolvimento Juvenil 

Instituição: Voluntary Labour Corps (Ochotnicze Hufce Pracy) – Polónia 

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As cidades sempre foram mais do que estruturas físicas — são espelhos da sociedade, lugares onde se formam relações, valores e identidades.

 

Desde a Antiguidade se reconhece que um espaço urbano bem desenhado promove harmonia social e desenvolvimento humano. Hoje, conceitos como a “cidade dos 15 minutos” ou as Smart Cities continuam a inspirar-se nesses princípios, adaptando-os a uma realidade mais diversa e tecnológica. 

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1. Que cidade devemos desenhar para as novas gerações? 

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A cidade do futuro deve ser sustentável, com transportes públicos e edifícios eficientes; inclusiva, acessível a todos; inteligente, usando tecnologia para melhorar a vida e a participação cívica; e próxima, onde os serviços essenciais estão a poucos minutos de distância. 

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Mas a cidade é partilhada por várias gerações. O que facilita a vida dos jovens pode ser um desafio para os mais velhos. O planeamento urbano deve, por isso, equilibrar ritmos e necessidades, garantindo tanto espaços dinâmicos como zonas de descanso e segurança. 

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No meu trabalho nos Corpos de Trabalho Voluntário, encontro jovens que ficaram fora dos percursos tradicionais de educação e vida social. Eles lembram-nos que a cidade deve ser desenhada com empatia e acessibilidade — não apenas para quem já tem recursos, mas para quem mais precisa de oportunidades. 

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2. Que laços sociais fortalecem a coesão e o sentido de pertença? 

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Uma comunidade forte nasce onde há espaços para encontro, diálogo e colaboração. É essencial investir em centros locais — culturais, formativos e intergeracionais — que aproximem pessoas. 

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O sentimento de pertença constrói-se através da participação. Os jovens devem poder decidir sobre o que acontece na sua cidade, envolver-se em voluntariado e projetos coletivos. A comunidade é feita de confiança, partilha e responsabilidade. 

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3. Que compromissos globais devem ser promovidos pelos decisores?

 

Os líderes devem agir com solidariedade intergeracional e internacional. O desenvolvimento sustentável vai além da ecologia — inclui educação, igualdade de oportunidades, trabalho digno e instituições fortes. As cidades devem ser exemplos de cooperação global, unindo ação local e responsabilidade partilhada. 

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A segurança também é essencial. O exemplo da Ucrânia mostra a importância de infraestruturas de proteção e resposta a crises. A cidade do futuro deve inspirar, mas também proteger. 

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Conclusão 

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A cidade do futuro é aquela onde os jovens não são apenas destinatários, mas co-criadores. É um espaço que une educação, trabalho, cultura e relações humanas numa visão comum. 

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Construir o futuro exige ouvir os jovens, apoiar o seu potencial e criar cidades que sejam o seu lar — físico, social e emocional. Crescer como cidade é evoluir não só em tecnologia, mas em qualidade de vida, empatia e humanidade. 

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