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Luísa Azevedo
Vereadora da Juventude Município de Famalicão

Por uma Cidade para o Futuro: Comunidade e Sustentabilidade

 

O mundo atual é inquietante e apressado porque está em constante transformação e é pautado por vários desafios, nomeadamente, ambientais, sociais e tecnológicos. Porém, para fazer face a estes desafios é premente repensar o espaço urbano. As cidades são hoje o palco onde decorrem as atuações de grande parte do nosso futuro coletivo. Deste modo, importa refletir sobre esse futuro.

 

1. Que tipo de cidade deve ser pensada para as novas gerações?

 

De uma forma muito simples, considero que a cidade do futuro deve ser, acima de tudo, uma cidade inclusiva, verde e inteligente. Uma cidade onde a mobilidade seja acessível, sustentável e segura para todos. Um espaço onde a natureza esteja no centro do planeamento urbano e não seja uma exceção, ou seja, deverá ser parte integrante da paisagem urbana.

Para além disto, sabemos que a tecnologia faz parte do nosso quotidiano e, por isso, é fundamental que a tecnologia não seja fruto do isolamento das pessoas, mas esteja ao serviço da qualidade de vida da população. A digitalização deve facilitar o acesso à educação, à cultura e aos diferentes serviços públicos, promovendo oportunidades equitativas na comunidade.

As novas gerações merecem cidades resilientes capazes de responder aos mais variados desafios com inovação, humanidade e fraternidade.

2. Que ligação comunitária deve existir para fortalecer o sentido de pertença e coesão social?

 

Perante esta questão, declaro que uma comunidade autêntica é feita de relações humanas. E para fortalecer o sentido de pertença é necessário que haja investimento em esquipamentos que promovam e germinem em espaços de encontro, partilha e diálogo que são elementos fundamentais para construir uma comunidade coesa.

Contudo, tem de se ir para além das estruturas físicas e a coesão social exige a participação ativa, isto é, os cidadãos devem estar no seio das decisões que afetam o seu território e o seu futuro. A título de exemplo, a democracia participativa, o voluntariado e as redes de solidariedade local ajudam a criar laços entre pessoas de diferentes faixas etárias, estratos sociais e até estilos de vida.

O sentido de pertença nasce do envolvimento das pessoas e do seu compromisso.

 

3. Que compromisso global deve ser incentivado pelos decisores políticos para garantir um futuro sustentável?

 

Sabemos que nenhuma cidade ou país vive de forma isolada. Cada vez mais, existem relações entre territórios nas mais variadas conjunturas. Sendo que os desafios que enfrentamos, tais como: as alterações climáticas, as migrações, a escassez de recursos ou as desigualdades revestem-se de uma dimensão global. Então, os decisores políticos devem, por isso, assumir compromissos que ultrapassem os interesses locais ou imediatos e que estejam alinhados com a Agenda 2030 das Nações Unidas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

A sustentabilidade exige uma visão global e cooperação, por via do diálogo, entre cidades, países e continentes que serão decisivas para enfrentar as crises que se avizinham.

 

Conclusão

Em jeito de conclusão, a construção de cidades sustentáveis, humanas e conectadas é um desafio coletivo que exige visão, audácia e compromisso. Se quisermos garantir um futuro digno para as novas gerações, precisamos de repensar a nossa comunidade como um lugar onde todos contam, onde todos devem ser ouvidos, integrados e empoderados, onde os jovens são o futuro, mas também o presente e onde se cuide do comum e das pessoas com o mesmo compromisso.

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